sexta-feira, 2 de maio de 2008

O nosso futuro?

Então, nesse momento eu deveria estar tomando banho, pra ir no banco, depois pagar umas contas, voltar, lavar a louça, cozinhar, enfim, essas coisas que a gente tem que fazer quando não tem mais a mãe pra fazer tudo pela gente. Mas antes disso eu parei pra ver um vídeo que uma amiga falou pra eu ver e, obviamente pra quem ver o vídeo, fiquei estagnado. Comecei a pensar no contexto dessa música, aquela coisa de Woodstock, todo aquele movimento contra a guerra e tudo o mais, e voltei para o presente, pensando se ainda existirá algo parecido nos tempos atuais ou daqui a alguns anos.
Eu, pelo menos, fui criado ouvindo histórias dos meus pais dos momentos hippies deles, e depois de protesto contra as coisas erradas no país, os pais que viveram e sobreviveram à cena punk de Nova Iorque certamente contam ótimas histórias aos seus filhos sobre a revolução que causaram na sociedade, as mulheres que participaram do movimento feminista devem contar às suas filhas (sim, porque imagino que as feministas não tenham filhos, só filhas) sobre as suas lutas e conquistas, assim como há um tempo atrás os guascas que participaram da Revolução Farroupilha devem ter contado, com orgulho, para os seus bacuris as suas peripécias contra os caramurus. Mas alguém consegue pensar nos jovens dos tempos atuais, que têm dentre quinze e vinte e cinco anos, digamos, contando para os seus filhos e netos sobre algo revolucionário que fizeram na sua juventude?
Sim, porque o máximo que vão ter pra contar vai ser como revolucionaram usando maquiagem que deveria ser do outro sexo. Como revolucionaram sentados na frente da tv sem opinião alguma. Como revolucionaram comprando o celular com mais tecnologia. Como revolucionaram com o seu tênis que custou algo absurdo. Como revolucionaram os penteados, as roupas, os celulares, as poses. Eu olho pra minha geração e só vejo isso. Futilidade. Talvez eu seja muito pessimista, mas com raras exceções, que eu tive uma tremenda sorte de conhecer, eu faço parte da Geração Fútil. Mais do que nunca.
O máximo de revolucionário que vou poder contar pros meus netos parece que vai ser a revolução feita nas arquibancadas pela torcida do meu time, e mesmo que tenha sido A Revolução neste campo, nem se compara às outras. Mas quem sabe a coisa não muda, quem sabe não surgem Janis Joplins, Johns Lennons, DeeDees Ramones, Jimis Hendrixs e afins nos próximos tempos?




Ps.: Adivinhe se nesse meio tempo em que fiquei aqui, não começou a chover mais forte, para a minha tremenda sorte?

2 comentários:

Juliana Palma disse...

sabe que já pensei muito niso e que já comentei com algumas pessoas? eu acho que a nossa geração tá realmente perdida :/

Anônimo disse...

nem quiz mais ler depois que vi escrito juventude ali :X aeoihoeahoiehiae e ô guri, é muuuito sério o negócio do sorvete com batata-frita xD

beijão