quarta-feira, 30 de abril de 2008

É prostituto.

Qual profissional hoje é diferente das prostitutas? Atualmente, são todos iguais. Quem pagar, tem o meu trabalho. Não existe preferência. Não interessa mais nada, só a graninha na conta no fim do mês. Dane-se a ética, dane-se a vontade própria, dane-se a própria opinião. Aliás, existe opinião própria atualmente?
Mas eu não tenho a menor dúvida de que, nos tempos atuais, o setor em que isso ocorre e que mais me incomoda é, naturalmente, o futebol. Não existem mais Adílsons, Dinhos, De Léons, Portaluppis no meu time. Poucos chegam próximo a isso, e quando chegam, cartolas fazem de tudo pra que se afastem dessa idéia insana. Profissionalismo, minha gente.
Mas então, em um belo domingo de total ressaca, acordo às quatro da tarde e vou ao computador. Secar o outro time da cidade? Pinóia, vou é fazer algo que preste. E eis que me deparo com o maior ídolo da minha infância, Mario Jardel Ribeiro, dando uma entrevista emocionante, declarando que chegou ao fundo do poço e que quer se recuperar. E pedindo ajuda aos seus dois clubes do coração, o navegador português e, óbvio, o glorioso Tricolor Gaúcho, ao qual ainda presta uma homangem vestindo a camiseta do clube e cantando o seu hino com muito orgulho. Quantos tem a história dele em um time brasileiro hoje em dia? Quantos tem a moral que ele tem no Grêmio? Atualmente, pouquíssimos. E até por isso, penso que ele merece uma chance, um suporte do clube para se recuperar. Afinal de contas, ele é uma espécie em extinção. Ele é um jogador de futebol de verdade, um ser humano, que ama um time e não gosta de outros. Um homem, afinal, não um robô profissional.
Mas eis que eu tenho que ler na imprensa nacional que aquele político gordo filho de uma puta que está afundando o Grêmio neste ano queria o Jardel de dez anos atrás, não o de agora, e que o Grêmio não é spa. Duas observações deste que escreve:
Primeiro: pra Amoroso e Kelly, jogadores sem a menor história no Grêmio ou qualquer outro clube, serviu de spa, mas não pode servir de suporte para um dos maiores ídolos da história do clube, maior inclusive que este gordo mesquinho?
Segundo: Eu também quero o presidente de 13 anos atrás, não o atual, obrigado.
Mas eu não sei porque eu me surpreendo com coisas assim, em época em que o adjetivo "prostituto" (?) é tido como elogio por homens (?²) do país.
Estão extinguindo a essência do futebol, a paixão, o fanatismo, a selvageria. O homem apaixonado por seu clube. A cerveja nos bares dos estádios. Agora há prostitutas robôs jogando, não há mais cerveja nos estádios e políticos safados mandam no clube e menosprezam ídolos históricos em detrimento da opinião dos verdadeiros donos do clube, os torcedores. E no momento não consigo fazer mais nada além de escrever estas linhas tortas que não sei se alguém vai ler e provavelmente ninguém vai comentar, e continuar bebericando este belo vinho argentino. Que merda. Mas já disseram os visionários Replicantes, "a vida começa aos trinta". Ou seja, ainda tem muita merda pela frente.

4 comentários:

Juliana Palma disse...

tudo puto #D se tu mudasse algumas palavrinhas, tu podia mandar publicar nos jornais e pumba, fazer uma pressão em todo mundo eeee
jardel de volta \o>
jardel :/
jardeljardeljardeeeeeeeeeel

Anônimo disse...

pensei a mesma coisa.
pareceu uma coluna de jornal.
:D
arranja um emprego no Zero Hora!
:*

e quanto a situação do time, que merda, cara. =/
nem posso falar nada porque não sei como funcionam as coisas.

Anônimo disse...

volta, jardel!

ZH já, tá perdendo dinheiro ahieohaoiehoieah
:*

Anônimo disse...

ah, julio de castilhos tambééém é tá? haoiehoaehohaeoae


e vai ler o livro sim :P
eu te adoro ricardo, mongo! ahieoioae