sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Mi hermano del alma.

É normal alguém procurar seus amigos mais próximos pra falar dos seus problemas, muito normal. Eu faço isso. Só que eu sempre cuido pra perguntar também como esse amigo próximo está, se ele não tem também problemas pra compartilhar comigo.
Acho que eu sou mal acostumado. Sempre tive uma família inteira na volta. Mesmo com os meus pais compreensivelmente muito ocupados, eles se faziam presentes. E quando eles não podiam, sempre tinha meus irmãos para compartilhar a alegria mais banal e a tristeza mais profunda.
E agora, tenho que me acostumar a não ter isso. Sinto falta principalmente na mesa, que era quando todos nos reuníamos para falar das coisas do cotidiano, das notícias, das tragédias trazidas quentinhas pela minha avó e et caterva.
Por que estou escrevendo isso? Amanhã é aniversário do meu irmão caçula e acho que pela primeira vez, em anos, passarei essa data longe dele.
É praticamente uma vida inteira, com exceção de alguns anos da minha infância em que morei no interior com a minha vó e minha irmã. Uma das pessoas mais importantes na minha vida, que eu me acostumei a sempre ter por perto. Acho que ajudei a ensinar ele a jogar bola, a ter hombridade, a amar o Grêmio como se deve realmente amar esse time espetacular, dentre outras coisas talvez não louváveis que é melhor não citar.
A saudade que sinto dele, assim como da minha mãe, é simplesmente indescritível. Tudo o que eu queria era poder abraçar ele e dizer o quão importante ele é e foi na minha vida; que desejo tudo do melhor pra ele mesmo, todas as experiências válidas, mesmo que eu não possa estar junto dele como queria no momento em que ele as aproveitar. Todas essas coisas que só dá pra dizer pra um irmão, que é ao mesmo tempo melhor amigo, melhor parceiro, um dos orgulhos da tua vida.
Mas, ao invés disso, tenho que me contentar em "só" escrever. E comer sozinho, com a companhia única e exclusiva de Drácula de Bram Stocker. Mas não tem problema, tenho confiança de que será um daqueles males que vêm para o bem.
Enfim, à saúde e felicidade do cara, o meu irmão!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Dessa vez, me renderei.

Só dessa vez. Todo mundo sabe da minha ojeriza para com a emissora de televisão Globo, e consequentemente com a RBS. Mas acabo de ler o trecho de uma reportagem sobre a partida disputada entre Grêmio e Vitória neste domingo, dia três de agosto, que me emocionou. E muito. Segue o trecho:


"O time dava segurança, criava chances e não dava muito espaço ao Vitória. A certa altura do segundo tempo, por exemplo, (a torcida) desatou a cantar o Hino Rio-grandense. Assim, do nada. A Geral deu o tom e, logo, o estádio inteiro se enchia do orgulho farroupilha. Lembram de quando isto acontecia sempre? Nos tempos de Luiz Felipe. Não que seja o caso de comparar, mas o gremista está particularmente orgulhoso, esta é a questão. Outro exemplo: a milagrosa defesa de Victor no cabeceio de Leonardo Silva, com a mão esquerda, após cobrança de escanteio."


Pode parecer bobagem, quase idiotisse. Mas quem viveu os tais "tempos do Luiz Felipe", sabe o que era aquilo. Finalmente uma boa sensação toma conta. Tomara que não seja alarme falso.




Link da matéria.