sábado, 5 de julho de 2008

Dor de verdade?

Realmente, me arrisco a cair no clichê. Quem me conhece, sabe que se tem coisa que eu evito ao máximo, é um clichê. Mesmo que seja um daqueles clichês relativamente agradáveis, eu evito. Não gosto, de repente é uma coisa ainda de adolescente, de querer ser único e diferente de todos. O que é algo muito contraditório, pra quem gosta de manter as tradições. Mas, eu falava da dor de verdade.
Nesses meus alguns anos de vida, já senti algumas dores... Muitas físicas, dentre as piores, a de queimar um braço ao explodir uma garrafa de álcool na própria mão e a de quebrar os dois dentes da frente. Sim, eu era/sou um anjo e sim, eu já senti algumas dores consideráveis. Mas acho que realmente, por mais que eu tenha procurado de todas as formas negar aquela música do brahmeiro, a saudade é a pior dor.
E aí me refiro a todas as saudades. A saudade dos meus tempos de infância, de correr com uma gurizada pela rua atrás de uma bola velha e murcha; de subir em árvores, pegar frutinhas desconhecidas nelas e até mesmo cair das mesmas.
Saudade das pessoas que estão longe. De ter aquelas conversas cotidianas com essas pessoas, de incomodar as mesmas nos momentos mais imprórios, de discursar sobre como eu seria capaz de mudar o mundo com as minhas idéias inovadoras. E, o melhor, ver que elas realmente acreditam.
Tem ainda aquela falta das pessoas que estão longe, mas não vão voltar. Talvez uma das piores saudades, porque junto a essa, em alguns casos, vem junto a saudade da infância, a saudade de quem está longe, todas as lembranças boas e ruins; mas, o pior, saber que não vai poder voltar atrás pra desfazer todos os erros que cometeu com quem não volta mais, nessa vida.
Agora, eu tenho saudade também da minha adolescência. Tudo bem, talvez eu ainda seja meio adolescente, mas não é mais aquela coisa do ensino médio, em que a minha vida se resumia a esperar ansiosamente pelo próximo fim de semana, imaginando qual seria o novo lugar e as novas formas que a gurizada e eu encontraríamos para nos divertir, conseguirmos encher a cara satisfatoriamente e essas coisas.
E agora, pensando nisso tudo, acho que em todos esses momentos reinou um sentimento: confusão. Sempre fui muito confuso, instável. Mas ainda assim, no fundo, tenho um palpite de que uma hora encontrarei um algo ou alguém que vai me ajudar a ter mais certeza das coisas. Ou talvez não seja exatamente isso, às vezes penso que é só o caso de me acalmar mesmo. Quem sabe...




Post-scriptum: Acho que esse post não tem lá uma qualidade muito grande, mas foi mais pra organizar meus pensamentos do que qualquer outra coisa.

2 comentários:

Mary disse...

achei seu blog, aha!
filosofando como sempre, né? mas acho que entendo o que você quis dizer. me desespero só de começar a pensar no passado, e de comçar a ter essa saudadezinha :/
vou começar a comentar aqui, você sempre comenta lá no fotolog e eu sendo super ingrata, né huauhaeuhaeh

;***

Juliana Palma disse...

Por isso que eu tento não pensar no que passou, senão choro x)