O jornaleiro aqui da esquina da minha casa é gremista. Um negro magro, mais ou menos metro e oitenta de altura, extrovertido daquele jeito que parecem só os negros saberem ser. Sempre que passo por ele quando vou pra faculdade, ele me cumprimenta comentando algo sobre a rodada que passou e coisas do tipo. Essa manhã, vi de longe ele encostado no poste olhando os próprios pés. Estava extremamente cabisbaixo. Antes mesmo de ele me cumprimentar de maneira triste, essa visão já acabou com o meu dia.
Mas o que me incomoda mais não é o fato de o Grêmio ter sido apático por boa parte do jogo; o juiz ter roubado de maneira descarada, depois de o mesmo ter acontecido no jogo contra o CAP e terem também garfeado o Náutico no jogo contra a Traffic; termos tomado tantos gols pela primeira vez, no nosso próprio salão de festas nem qualquer fato do gênero.
Nada disso me incomoda mais do que o fato de eu não estar lá. Naquele que talvez tenha sido o jogo mais importante do ano, quando o time mais precisou de mim, eu não consegui me fazer presente. Sei que não tenho tanta culpa, fiz o que pude. Estava no Olímpico até o último segundo antes de a escolta sair rumo ao aterro, tentando ingresso. Mas não deu, e o meu primeiro Gre-nada auei longe do estádio, resulta em uma redundante derrota. Tem como não se sentir culpado? Essa será, provavelmente, uma daquelas máculas carregada por muito tempo.
Mas o alento é que ainda somos líderes, por mais que todos os jornais de todos os lugares atentem pra liderança – dividida com o Grêmio – da Traffic. Ontem eu vi aqueles jornalistas que nunca chutaram uma bola, que nunca pisaram em uma arquibancada, falarem bobagens de todos os tipos. Desde indagações sobre a possibilidade do SC 2006 chegar a frente do Grêmio, até o suposto fato de os torcedores marginais tricolores serem culpados por, mais uma vez, sofrerem com a truculência e falta de preparo da brigada militar. Mas nada disso importa. O Grêmio vai levar essa taça.
P.s.: Não é só um jogo. Argentina x Brasil, Inglaterra x Argentina, Itália x Alemanha, Irã x Iraque, Palmeiras x Corinthians, Manchester United x Manchester City, Rangers x Celtic, todos esses, são só jogos. Joguinhos inocentes. Mas quando é o Grêmio em campo, é diferente. Muito diferente. Vocês gostam de futebol, nós amamos o Grêmio!
P.p.s.: Desde 2006 não eram vistos!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Tentei, mas não consegui.
Eu não ia escrever mais sobre política nesse blog. Tinha um acordo comigo mesmo de que não mais o faria, por ser algo dispensável, nesse espaço. Ninguém se interessa em ler sobre política, e mais, raramente uma pessoa muda as suas opiniões quando se trata de política.
Mas eis que me vem a luz. A Luz, eu diria. Descobri o problema do povo, do país, quiçá do mundo: o modo como as pessoas enxergam as eleições. Atualmente, e principalmente no Brasil, as pessoas vêem nas eleições uma oportunidade pessoal. Seja diretamente, através de favores políticos, comida para a família se alimentar, um emprego no futuro; ou pela forma como a pessoa raciocina na hora de escolher o seu candidato mesmo.
A questão é que as pessoas, pelo que eu vejo no meu dia-a-dia, só se importam com qual candidato lhe favorecerá, direta ou indiretamente. Mas aqueles que pensam realmente em qual candidato vai ser melhor no geral, para o seu estado, cidade, bairro ou até mesmo cidade, são raros. Isso não importa. Até porque parece um benefício tão distante, que é difícil importar mesmo.
Mas acredito que até esse problema, seja algo indireto. Por que qual seria a solução para esse problema? Educar os cidadãos, ensinar como as coisas funcionam, proporcionar informações para os mesmos. Ou seja, no fim das contas, o verdadeiro problema do país é realmente a educação. Puxa vida, acho que descobri a roda.
Mas eis que me vem a luz. A Luz, eu diria. Descobri o problema do povo, do país, quiçá do mundo: o modo como as pessoas enxergam as eleições. Atualmente, e principalmente no Brasil, as pessoas vêem nas eleições uma oportunidade pessoal. Seja diretamente, através de favores políticos, comida para a família se alimentar, um emprego no futuro; ou pela forma como a pessoa raciocina na hora de escolher o seu candidato mesmo.
A questão é que as pessoas, pelo que eu vejo no meu dia-a-dia, só se importam com qual candidato lhe favorecerá, direta ou indiretamente. Mas aqueles que pensam realmente em qual candidato vai ser melhor no geral, para o seu estado, cidade, bairro ou até mesmo cidade, são raros. Isso não importa. Até porque parece um benefício tão distante, que é difícil importar mesmo.
Mas acredito que até esse problema, seja algo indireto. Por que qual seria a solução para esse problema? Educar os cidadãos, ensinar como as coisas funcionam, proporcionar informações para os mesmos. Ou seja, no fim das contas, o verdadeiro problema do país é realmente a educação. Puxa vida, acho que descobri a roda.
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