sábado, 15 de março de 2008

Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...


[Mário Quintana]


E não é que esse senhor sabia das coisas mesmo?
Calma lá, ainda tenho minhas ressalvas com 'essas coisas'. Mas andei lendo algumas coisas do citado autor e achei muito interessantes. Recomendo!

terça-feira, 11 de março de 2008

Tá legal, falei que ia chutar o balde, e vou mesmo.

"Frescuras do bem"




PELO AMOR DE DEUS! NÃO ESTRAGUEM O NOSSO TEMPLO SAGRADO!
Por favor! Estádio de futebol TEM que ter bagaceirice! Deixemos bem claro, nunca fui contra mulheres no estádio, minha irmã sempre foi comigo aos jogos, desde quando comecei a ir, em 1994/1995. Mas ela nunca teve essas frescuras descritas na reportagem acima ou nas outras reportagens da mesma matéria. Cara, como que tu vai ver o juiz roubando o teu time do coração e não vai chamar ele de safado filho de uma puta? Como que tu vai ver um atacante adversário de frescurinha dentro da tua casa (mulheres que não sabem disso, acordem, o estádio do time é sim uma segunda casa para alguns) e não vai gritar pro volante de contenção do teu time: "DÁ NO MEIO DESSE VIADO!" Não existe isso! Isso é o futebol, meu amigo! É a bagaceirice, a cerveja às vezes quente, eventuais tumultos, é xingar até a última geração do rival. É mandar o cara dar no joelho do fresco que tá de driblezinho contra o teu time, ou dar risada na cara do adversário quando um jogador do time dele leva aquele baita drible. É SELVAGERIA, MINHA GENTE!
Então, por favor, depois de terem nos submetido à civilização, não venham querer nos tirar o único resquício de selvageria que nós conseguimos alcançar. Já nos tiraram tudo, TUDO, isso não!
Esse post é por mais bagaceirice no futebol e muitos banheiros quebrados e sujos, afinal de conta, só uma mulherzinha mesmo pra ir a um jogo de futebol e ter que ir no banheiro, não conseguir esperar até chegar em casa. E isso que, supostamente, os homens é que se enchem de cerveja!
Mas é isso aí, por um futebol menos fresco e mais bagaceiro.

Por que o desespero?

Então, qual é a dessa coisa de ter compromisso? Ter alguém fixo, andar de mãozinha por aí, ir ao cinema e depois jantar juntos, enfim, fazer programas juntos, dentre outras coisas. Isso é um namoro, certo? Mas, existe alguma coisa, fora o primeiro item, que não dê pra fazer sem a parte estressante do namoro? Os ciúmes, as discussões de relação, o policiamento, a coleira segurando, todas essas coisas dispensáveis, POR QUE as pessoas insistem nisso?
E o pior, ai de quem diga que não é isso o que procura! Mas, é um caso sem salvação, um galinha, calhorda, sem vergonha, enfim, é como todo homem: não presta. Sim, as mulheres que prestam, ha ha ha.
Mas então, não digo que eu, particularmente, nunca vou namorar. Certamente um dia eu vou conhecer uma guria muito legal, bonita, compatível com a minha pessoa com quem terei vontade de ter uma coisa mais séria, duradoura e essas coisas. Mas coisa é: se eu ainda não achei essa pessoa, se as pessoas ainda não acharam, por que elas insistem em querer namorar com um qualquer? Por que tanto stress, se no fim é por nada?
E pior que é sempre a mesma coisa. Verão chegando? Carnaval? Puxa, estamos em crise, eu não tô bem. Preciso de um tempo. HA HA HA. É claro, ninguém vai falar que quer deixar a comodidade de ter alguém sempre ali, esperando o momento que esse alguém vai voltar, para fazer umas putarias. Porque, afinal, é tempo de putaria, mas depois, quando o inverno voltar, quando a rotina cair sobre a sua cabeça e ele voltar a realidade, ele vai querer a comodidade de volta, nada de putaria. Claro que ninguém admite. Aliás, quase ninguém. Quem admite? O galinha, calhorda, o caso sem volta.
Eu quero dizer que sinceros mesmo são os galinhas? Nããão. Nada disso, eu acho que existem sim muitos românticos de verdade que gostam de namorar. Eu, um dia fui muito romântico. Agora não sou mais? Olha, acho que até sou, mas essa parte de mim tá bem guardada. Não digo que aprendi a não ser romântico e voltar a ser solteiro (porque existe uma grande diferença entre estar e ser solteiro). Mas aprendi a não dispender do meu romantismo com a primeira que encontro. Acho que essa é a questão. O mundo seria muito melhor se as pessoas não dessem o que de melhor têm pro primeiro que aparece, se fossem um pouco mais solteiras, se rolasse um pouco mais dos gloriosos tempos do Neaderthal e a já então gloriosa filosofia do "Ninguém é de Ninguém". Ou não, quando vê eu só estou tentando justificar minha galhardisse. Vai saber.