quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Templo

Já li muitos textos sobre o fim da "Era Olímpico". A imensa maioria ótimos textos, alguns até me trazendo grande comoção e lágrimas hétero. Mas, não adianta. Nenhum iria conseguir expressar o que eu sinto quando entro no maior e melhor estádio de todos. Provavelmente nem eu conseguirei, mas vou tentar.

Quando eu comecei a frequentá-lo, e a me familiarizar a ele, nunca imaginei que esse dia iria chegar. Já vi muitos dizerem que "o Olímpico é a minha segunda casa", mas nunca tive certeza se, ao falarem isso, tinham a intenção de realmente expressar o que tal afirmação significa.

Recentemente fui a Uruguaiana e vi a casa onde eu virei gente, e suas redondezas, totalmente alterada. A princípio tive uma sensação estranha, mas menos de um minuto depois de estar ali, naquela rua onde joguei bola de pés descalços no meio do barro, fiz guerra de bexiga, guerra de mamona e outras guerras inofensivas, onde aprendi com a minha avó materna a olhar de verdade pro céu, senti uma saudade agradável de um tempo que eu sei que vivi bem e passou. Espero que um dia eu consiga encarar o que está para acontecer da mesma maneira.

Afinal, o Olímpico talvez possa ser considerado mais a minha casa do que a que eu vivo atualmente, há mais ou menos 17 anos; frequento o meu templo há mais tempo do que isso. E digo templo tentando expressar tudo o que esse gigante de concreto realmente significa pra mim.

Quando ele vier abaixo, não vai ser um mero estádio que verei deixar de existir, ainda que um "mero estádio" quase sexagenário já signifique muito. Vai ser, literalmente, uma parte da minha vida que vai ruir, um porto seguro que sempre esteve ali para mim, que não vai mais estar.

O lugar em que aprendi a xingar, sem necessariamente querer o mal de alguém. Onde aprendi que é possível xingar a mãe de alguém, sem xingá-la. Onde aprendi o que era o "futebol de verdade", e que era possível, sim, ser o melhor sem ser o mais rico. Onde vi Danrlei, Dinho, Arce, Emerson, Jardel, Nildo Bigode, Argel (cenoura e mel), Roger, Paulo Nunes, Goiano (o Luiz Carlos), Adílson (o Capitão América II), Higuita, Rivaldo, Roberto Carlos, Marcelinho Carioca, Ariztizabal, Zé Roberto (lá e cá), Mazaropi (ainda que como treinador de goleiros), Scolari, Portaluppi e De León (ainda que como técnicos), e tantos outros nomes que nunca vou esquecer, por um motivo ou por outro. Onde vi o gol do Aílton, do Jardel, do Zé Alcino, do Luís Mário. Onde vivi algumas das maiores alegrias, assim como algumas enormes frustrações. Onde gritei até ficar sem voz por uma semana. Onde gritei sem conseguir abrir a boca. Onde criei laços mais fortes com um pai que eu pensava ser distante, mas não era. Onde descobri um segundo pai, quando eu nem sabia que isso era possível. Onde eu aprendi que mulher pode, sim, gostar e entender de futebol e, consequentemente, onde tive as minhas primeiras lições anti machismo. Onde aprendi a tomar uma cerveja e jogar conversa fora com a família, com amigos, com conhecidos, com moradores de rua, com o dono do bar, com um desconhecido qualquer. Onde reencontrei um baita amigo do colégio, que eu achava que tinha ficado no colégio. Onde aprendi a brigar por motivos imbecis, e, logo, a apanhar sem reclamar por saber ser merecido. Onde aprendi a brigar pelos meus e contra injustiças. Onde vi meros colegas de faculdade mostrarem-se verdadeiros amigos, embora um ou outro nem tão verdadeiro assim. Onde conheci melhor a guria mais especial de todas. Onde aprendi a descascar amendoim e ser crítico (ainda que às vezes até demais). Onde aprendi a acreditar até o último segundo, sem desistir. O lugar onde aprendi a ser forte de todas as maneiras possíveis, e que, de repente, não vai mais estar ali, a vinte minutos de uma caminhada em direção à zona sul.

Não passarei a amar menos o Grêmio por ele deixar de jogar no Olímpico. Qualquer pessoa que me conhece, sabe que é incabível considerar algo do tipo. A Arena é enorme, uma grande obra, vai ajudar o Grêmio de diferentes maneiras, e talvez até Porto Alegre e arredores. O ano que vem deve ser sensacional, e o Grêmio não sabendo que é impossível deve tornar-se ainda maior. Mas o Olímpico sempre será a minha casa, o meu templo. E no próximo domingo eu provavelmente terei que sair arrastado da Azenha, mas dessa vez não por motivos alcoólicos.

domingo, 13 de maio de 2012

Mamãe querida, meu coração por ti bate...



Às vezes, tenho a impressão de que não deixo claro para a minha mãe o quanto eu estimo ela. Então, nada mais justo que eu escreva um pouco para conseguir explanar o que não consigo falar.

Aquela coisa de dizer "a minha mãe é a melhor do mundo" é deveras batido, então prefiro apenas falar sobre a pessoa maravilhosa que ela é. Como, pra mim, ela é a vitória em pessoa. Como, contra todas as probabilidades, ela perseverou e triunfou.

Muitas vezes tenho vergonha de achar que tenho dificuldades na minha vida, quando penso na vida da "Tia Gisa". Ela tinha muitos motivos para justificar qualquer eventual fracasso. Infancia difícil, maternidade relativamente precoce, que acabou afetando uma possível formação acadêmica, problemas financeiros, perdas inestimáveis... e, mesmo assim, contra todas as expectativas, ela não se abateu e sempre seguiu lutando.

Acho que dá pra dizer que, hoje, ela alcançou o que tanto buscou. Não que a minha mãe tenha parado de buscar melhorar as coisas, não consigo imaginar ela "sossegada". Mas, depois de tudo isso, ter sucesso na área que ela escolheu para trabalhar e ter conseguido encaminhar os quatros filhos de maneira muito bem sucedida, é um sucesso e tanto pra mim.

Além de tudo isso, ela é uma das maiores companheiras que alguém pode imaginar. Como amiga, esposa ou mãe, não consigo lembrar de alguém mais companheira que ela. Mesmo com todas as discordâncias que tivemos, ela nunca deixou de estar do meu lado, mesmo nos piores momentos. Caindo no clichê, eu realmente não sei o que faria se não tivesse ela sempre ao meu lado.


Pra não deixar em branco, espero que ela saiba que a música "Tango", da banda Dead Fish (http://www.vagalume.com.br/dead-fish/tango.html), continua dizendo tudo sobre ela. Parece que foi composta especificamente sobre a MINHA - beijo Gabi, Anna e Diego - mãe. Que o Tatu possa dar o abraço bem apertado que eu não poderei dar em ti hoje, Mãe.

domingo, 25 de dezembro de 2011

vinte e cinco e contando

às vezes cansa. o certo, o melhor, teoricamente, é sempre encarar tudo de frente, absorver e seguir em frente. mas às vezes cansa fazer isso no mano.

não menosprezando a família. mas aos vinte e cinco, a família está seguindo sua trilha, virando novas famílias, enquanto a estagnação te enche de soco na cara. tu tenta mudar hábitos alimentares, largar o cigarro lícito e tocar violão pra espairecer. não ameniza mais.

esse deve ser um daqueles momentos em que a pessoa para pra pensar no que tá fazendo da vida, faz o balanço e define o futuro. o negócio é que o futuro está definido, tu sabe o que quer, mas ainda falta alguma coisa. ou alguém.

a merda mesmo é que isso fode com toda uma filosofia de vida. nunca depender de ninguém, eu me basto e quem quiser estar junto, estará. mas chega um momento que as coisas deixam de funcionar desse jeito, se é que algum dia funcionou. a engrenagem para de girar, é preciso o algo mais que a música, as drogas - lícitas ou ilícitas -, os livros, os filmes... nada preenche.

em agosto do ano passado, quando tudo terminou e começou de novo, eu decidi que não mais daria importância para essas coisas mínimas, eu era muito mais forte que isso. mas, ao fim, acontece que não sou. posso e consigo proteger quem eu gosto, mas, como qualquer outro, preciso de alguém com quem conversar no fim do dia, alguém pra admitir minhas fraquezas e temores.

a ausência dessa situação acaba por esgotar a pessoa. e perceber isso em um momento em que aparentemente não há nada para se fazer a respeito não é lá algo muito bacana.

minha conclusão: preciso de um cachorro.


ps.: a minha ironia: escrever tudo isso usando a camiseta com os dizeres "no te deprimas; estoy soltero".

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Tequila

Foi numa noite de inverno que começou a história, quando eu tinha em torno de oito anos de idade. Lembro de estar vendo alguma bobagem na televisão com os meus irmãos, enquanto esperava que minha mãe e padrasto chegassem de algum lugar que eles não tinham dito qual era. Enfim, coisa normal, já que normalmente quem deve satisfações são os filhos.

Quando meus pais, por assim dizer, entraram no apartamento da Cidade Baixa percebemos que tinham em mãos uma mala bem grande e que estranhamente se mexia. Colocaram com cuidado a mala no chão, incentivando-nos a ver o que havia dentro. E qual não foi nossa surpresa ao ver que lá tinha não um, mas TRÊS filhotes de cachorros, mais especificamente cocker.

Me obrigo, agora, a fazer um adendo importante sobre o assunto: meu sonho de piá era ter um bicho de estimação. Cheguei a ter passarinhos que caíam no pátio da casa em Uruguaiana com asas machucadas, tive um pinto (que virou canja de galinha) e um gato que fugiu. Mas minha vó nunca deixou ter cachorro. É muita sujeira, dá muito trabalho, dizia a minha velha.

Voltando aos três cachorros, foram obviamente mimados pelos quatro irmãos instantaneamente. Quase não dormimos dando comida e trocando os jornais deles durante aquela madrugada. Infelizmente, tivemos que nos desfazer de dois deles pela falta de espaço no apartamento, e ficamos só com uma filhote.

Depois de algumas votações, discussões e coisas necessárias pra escolher o nome de um cachorro, decidimos: Tequila iria ser. Muitos pensam que isso seria por eu ser muito fã da banda Tequila Baby, mas na época eu nem sonhava com os potentes e influentes acordes do punk rock ainda. A inspiração veio de uma música homônima do Skank, na época uma banda que agradava toda a família. E, bom, ainda teve a apreciação dos adultos pela homenagem à bebida, é claro.

A princípio, todos cuidávamos da Tequila. Afinal, era a condição para ficarmos com ela. Mas, com o tempo e conforme as circunstâncias, a tarefa acabou ficando mais pra mim. Era difícil minhas irmãs saírem na rua pra passear com a Tequila, pois poderia ser perigoso. Meu irmão não sabia nem andar sozinho na rua, imagina com uma cadela sob sua responsabilidade. Sendo assim, passei eu a cuidar dela. Passeava, limpava as sujeiras dela, dava comida e água - e de vez em quando algo da minha comida -, e às vezes, pra não dizer quase sempre, dava um canto no meu colchão pra ela dormir comigo.

Assim eu cresci, aprendendo o que era ter responsabilidade por uma vida. Parando pra pensar agora, acho que serviu até para que eu tivesse ainda mais cuidado com meus irmãos, dentre outras coisas. Mas, acima de tudo, eu tive uma companheira inigualável. Muitas coisas mudavam na minha vida, conforme o tempo passava, mas ela era a constante. Sempre comigo, fazendo festa quando eu chegava em casa ou quando pegava a guia dela pra levar ela pra passear.

Mas, como todos sabem que acontece, chega uma hora em que eles vão pr'aquela fazenda além do imaginável. Eu tinha meus quinze anos, já começava a virar um "baita barbado", como dizia a minha vó, quando a Tequila deu sinais de velhice e de alguma doença. A mãe botou ela no carro e levou para o hospital veterinário da UFRGS. Foram longas horas de espera, pra depois ver a minha mãe passar pela porta sozinha e de mãos vazias, a mesma porta que ela tinha chegado anos antes com a mala.

O pior foi que na hora toda a família chorou, menos eu. Na hora, dei a desculpa de que ver ela sofrendo como sofria antes era pior. Mas no fundo, eu sabia que não era isso. Pra falar a verdade, acho que não caiu a ficha do que tinha acontecido mesmo.

Depois disso, fiquei ressabiado. Achava que seria um tipo de traição com a Tequila se eu tivesse outro cachorro. Por isso relutei no início, quando chegou o Thor pela mesma porta que anos antes a Tequila tinha chegado e depois saído. Óbvio que, com o tempo, aprendi a gostar dele como se fosse parte da família, mas ainda tinha aquela coisa da Tequila mal resolvida.

Resolução a qual só cheguei ao assistir o filme e ler o livro Marley e Eu. Foi quando vieram as lágrimas pela Tequila, ao identificar ela na maioria das coisas que o labrador serelepe fazia. Foi então que fiquei tranquilo, soube que tinha feito tudo o que podia fazer por ela e vice-versa. E cada vez gosto mais de cachorros e quero ter pelo menos um deles ao meu lado, até o fim. Ou até o início.




Ps.: Escrevi isso porque ontem uma amiga muito querida me falou que tava arrasada, porque o Marley dela tinha ido pra tal fazenda. Desde então vim pensando nisso tudo que escrevi, e resolvi desenterrar o blog. De repente consigo manter um pouco esse costume...

PPs.: Menção honrosa ao Thor e à Lune, que ficaram o tempo todo dormindo ao meu lado, enquanto eu escrevia. Inclusive tive que parar no meio do texto porque a Lune teve um acesso de hiperatividade e não parou de resmungar enquanto eu não brincasse com ela. Mas agora já capotaram os dois ali no canto, pro meu descanso.

sábado, 21 de novembro de 2009

Liberdades?

Tava lendo um fórum na internet, quando me deparei com um vídeo com data de 1994, mostrando parte de um show da banda Raimundos, no auge do seu sucesso e qualidade. Tudo muito bonito(?), tudo muito barulhento, até que me deparo com uma chamativa bandeira branca, que exibia uma folha de cannabis sativa. Mas não foi isso que me incomodou, e sim o fato de eu ter ficado chocado com a bandeira.

Me pergunto se somos mesmo tão evoluídos. Democracia, tecnologias avançadas, liberdade de pensamento, amor e outras, será isso tudo verdade? Me parece que há quinze anos atrás éramos mais livres do que somos agora. Não sei se devo entrar no mérito de ser melhor ou não, mas parecia ser.

Também não sei até que ponto isso vai da liberdade dada e da liberdade exigida. Quantas bandas, com grande exposição na mídia, teriam a ousadia dos Raimundos nos dias de hoje? Duvido que metade de uma. Parece importar muito mais para que lado a franja vai cair ou até que parte da barriga a sua baby look vai exibir do que aquilo que devia realmente importar.

A sociedade brasileira atual é extremamente hipócrita. Todos adoram falar na beleza da liberdade de expressão conseguida com muita luta; em como estamos melhorando intelectualmente; virou moda se importar com os necessitados.

Mas ao mesmo tempo, tem que se tomar cuidado com tudo que é dito para não ser processado. A roupa que a pessoa usa pode ser agressiva para alguém. Fazer algo prático para melhorar a situação de alguém que mora na rua é perda de tempo. E, finalmente, o caso das inúmeras leis anti-fumo que borbulham por esse Brasilzão lindo. Não é o meu intuito defender os mal educados que jogam fumaça na cara das outras pessoas, cigarro no meio da rua e coisas do tipo. Mas mal educados existem em tudo que é parte e não proibimos tudo. Não proibimos bicicletas e carros nas ruas, torcedores de futebol (embora isso esteja mudando), gerentes, piás ranhentos... A solução é proibir tudo? Voltemos à ditadura então.

A sociedade brasileira precisa de uma revolução, uma verdadeira revolução, englobando todo o país e mudando muitos conceitos. Ou então não vejo muita coisa boa em sermos, no futuro, uma das maiores potências do mundo. Lá vai uma 'Nação estadunidense - O Retorno' saindo do forno, bem quentinha!

sábado, 8 de agosto de 2009

Importância

Saudade devastadora do pai. Saudade de quem ficou e de mais algumas coisas da tua cidade. Mas o mais intenso, a vontade de querer dar aquele abraço nele, aquele cara que sempre esteve lá por ti. Naquele que ajudou a 'te fazer', seja no sentido de ajudar a gerar a gravidez, seja no sentido de personalidade; que escolheu - sabiamente - o teu time de futebol por ti. Aquele que sabe o que tu sente mesmo a mais de mil quilômetros e sem tu falar para ele o que está passando pela tua cabeça.
Preocupação com alguém que está indo. Não tanto por estar indo, mas pelo sofrimento que essa pessoa tá passando antes de ir. Querer que ela tenha os momentos mais agradáveis possíveis.
Poder conviver de novo com a tua mãe, o teu irmão mais novo e até conviver com o teu padrasto, já que ele é uma pessoa incrível e foge da figura tradicional de padrasto. Aproveitar cada momento dessa oportunidade, poder dar um abraço forte e um beijo sempre que possível. Sair mesmo que seja pra uma indiada do lado de uma igreja evangélica cheia de gritarias.
A falta daquele teu time do coração no começo do post citado. De ir aos seus jogos, mesmo que fosse pra ver derrotas. Ainda que fosse pra ir na Social e não na nata da sociedade. Saber o dia-a-dia dele com facilidade, e não catando informações na rede.
Não vou falar em casos amorosos, porque aí sairia outro post e que não caberia aqui para todo mundo ler. Mas a questão é que, perto dessas coisas que eu falei, no momento, o resto é mínimo; praticamente sem importância. E como poderia ter, perante a intensidade de tudo que eu citei?
Para não perder o costume, emancipate yourselves from mental slavery, none but ourselves can free our minds.

domingo, 26 de julho de 2009

Diferenças.

Um dia eu vou compreender o problema que as mulheres tem com a cerveja, mesmo as que a bebem. Na verdade, o problema que elas tem com a relação entre homem-cerveja, já que fazem de tudo para aguar tal relação.
Por que tudo isso? Ora, esta tarde teve um belo jogo do Grêmio, naturalmente vencido pelo mesmo, e durante tal jogo eu ingeri algumas cervejinhas. Não é que a minha mãe pediu para eu enxaguar as garrafas? O quê que é isso? Não se passa água nem nada nas garrafas, não as de cerveja. Essas belas garrafas são utilizadas e gentilmente - ou não - colocadas de volta no engradado de cerveja. "Ah mas as baratas", não! As baratas não gostavam de refrigerante, mais especificamente coca cola?
Ainda sobre a cerveja, uma revelação irrelevante mas interessante sobre a minha pessoa. Eu, relativamente conhecido por apreciar uma boa cerveja, quando mais novo era decidido a não tomar cerveja. Quando era criança eu não gostava de como algumas pessoas reagiam à influencia da cerveja e prometi a mim mesmo que não beberia tal líquido.
Exemplar, devem estar pensando aqueles que desconheciam o fato de que com dezesseis anos eu não bebia cerveja, mas bebia cachaça, vodka, uísque, tequila, enfim, tudo o que não era cerveja. Irônico, han?
Passado o desabafo, comunico que, agora que vim morar em Mambucaba-Paraty-RJ, tentarei uma espécie de diário do forasteiro, escrevendo sempre que me acontecer alguma coisa com a qual não estava acostumado no meu belo Rio Grande do Sul.
Enfim, veja, beba, tente e queira.