às vezes cansa. o certo, o melhor, teoricamente, é sempre encarar tudo de frente, absorver e seguir em frente. mas às vezes cansa fazer isso no mano.
não menosprezando a família. mas aos vinte e cinco, a família está seguindo sua trilha, virando novas famílias, enquanto a estagnação te enche de soco na cara. tu tenta mudar hábitos alimentares, largar o cigarro lícito e tocar violão pra espairecer. não ameniza mais.
esse deve ser um daqueles momentos em que a pessoa para pra pensar no que tá fazendo da vida, faz o balanço e define o futuro. o negócio é que o futuro está definido, tu sabe o que quer, mas ainda falta alguma coisa. ou alguém.
a merda mesmo é que isso fode com toda uma filosofia de vida. nunca depender de ninguém, eu me basto e quem quiser estar junto, estará. mas chega um momento que as coisas deixam de funcionar desse jeito, se é que algum dia funcionou. a engrenagem para de girar, é preciso o algo mais que a música, as drogas - lícitas ou ilícitas -, os livros, os filmes... nada preenche.
em agosto do ano passado, quando tudo terminou e começou de novo, eu decidi que não mais daria importância para essas coisas mínimas, eu era muito mais forte que isso. mas, ao fim, acontece que não sou. posso e consigo proteger quem eu gosto, mas, como qualquer outro, preciso de alguém com quem conversar no fim do dia, alguém pra admitir minhas fraquezas e temores.
a ausência dessa situação acaba por esgotar a pessoa. e perceber isso em um momento em que aparentemente não há nada para se fazer a respeito não é lá algo muito bacana.
minha conclusão: preciso de um cachorro.
ps.: a minha ironia: escrever tudo isso usando a camiseta com os dizeres "no te deprimas; estoy soltero".
domingo, 25 de dezembro de 2011
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